Parábola da Casa no Céu

Francisco era um homem que considerava já ter tudo o que merecia na vida, era bem casado, tinha dois filhos saudáveis e inteligentes, casa, automóvel, emprego fixo, etc. Achava que já tinha feito tudo por si e vivia sua via assim, dentro do seu mundinho. Nunca tinha prejudicado a ninguém, mas também nunca se esforçava para ajudar alguém. Considerava que isto já era o suficiente: “Não me intrometo na vida de ninguém, cada um por si, não prejudico ninguém e vivo a minha vida cuidando do que é meu!”. Não se interessava por política, não se preocupava em visitar um doente no hospital, não doava comida ou roupas não usadas mais por sua família, não se envolvia com os problemas dos amigos nem mesmo oferecendo um ombro amigo, não se interessava pelas vidas e bem estar dos outros, etc.

Num certo dia havia chegado a sua hora, a hora de deixar este mundo e prestar suas contas com o Senhor...

... Ao chegar no céu, foi recebido por São Pedro, que após dar as boas vindas, começou a explicar como funcionava por lá. Disse que cada um tinha uma casa no céu para morar, então São Pedro pegou Francisco pela mão e conduzi-o pelo caminho que o levaria até a sua casa. No decorrer do caminho, avistaram várias casas enormes, lindas, com belíssimos jardins, verdadeiras mansões. Mas na medida em que iam caminhando, as casinhas iam ficando cada vez menores e mais simples, até que chegaram numa que havia apenas duas paredes em pé.

São Pedro disse:

- Eis sua casa, Francisco!

- Minha casa? Mas isso nem é uma casa! Como vou morar aqui? Sem um teto, sem um chão... Logo eu que vivi uma vida normal sem fazer o mau!

E São Pedro o interrompeu, dizendo:

- Pois então, meu amigo! As casas são construídas aqui no céu, com o material que nos é enviado aqui pra cima. E você nos enviou apenas estes poucos tijolos. Cada boa ação que fazemos, cada ajuda que damos aos nossos irmãos necessitados, cada doação, é um tijolinho a mais que enviamos pra construção da nossa morada no céu!

Esta parábola nos ensina uma lição muito séria:

Não basta apenas fazermos o bem a nós mesmo e não fazer o mau aos outros, este é o mínimo que podemos fazer... temos também, que fazer o bem aos outros! Não importa a forma do bem, não importa a maneira nem o tamanho bem, o que importa é não sermos egoístas buscando apenas a nossa felicidade plena! Precisamos saber doar a nossa felicidade aos que precisam, nos envolvendo, quando possível e com o pouco que temos, na busca da felicidade alheia.

Jesus nos ensinou: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”.