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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Tempo não cura nada...


Na hora da saudade, da tristeza, do desamparo, é com ele que contamos: o tempo.
Queremos dormir e acordar dez anos depois curados daquela idéia fixa que se instalou no peito, aquela obsessão por alguém que já partiu de nossas vidas, aquela obsessão por não ter feito diferente, aquela obsessão por ter permitido ser tão ingênuo, aquela obsessão por ter sido enganado ou por ter amado demais alguém que não mereceu... No entanto, tudo o que nos invadiu com intensidade, tudo o que foi realmente verdadeiro e vivenciado profundamente não passa. Fica. Acomoda-se dentro da gente e de vez em quando cutuca, se mexe, nos faz lembrar da sua existência.
O grande segredo é não se estressar com esse inquilino incômodo, deixá-lo em paz no quartinho dos fundos e abrir espaço na casa para outros acontecimentos.
Nossas atenções precisam ser redirecionadas. Ficar olhando antigas fotos, relendo antigas cartas ou lembrando antigas cenas é tirar a dor do quarto dos fundos e trazê-la para o meio da sala.

Evite.
O tempo só será generoso na medida em que vc usá-lo para fazer coisas mais produtivas: procurar amigos sumidos, praticar um esporte, retomar um projeto adiado, viajar.
As atenções têm que estar voltadas para os lados e para a frente.
O quartinho dos fundos tem que ficar fechado uns tempos, a dor mantida em cativeiro, sem ser alimentada. Amores passados contentam-se com migalhas e sobrevivem muito: ajude-se, negando-lhe qualquer banquete.
A fartura agora tem que ser de vida nova!

1 comentários:

Anônimo disse...

Texto maravilhoso e com muita verdade....

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